Caro
leitor, como é possível constatar na postagem intitulada “O Que É A Fé?”, a Verdadeira Fé é crer, confiar, obedecer
e ser fiel às Palavras de Jesus Cristo; pois Ele é a Palavra da Fé que foi
pregada a todos. Entretanto, mesmo sendo tão notório esse fato, há quem perca
tempo insistindo em ensinar uma fé morta, miserável e temporal ao invés de ir
em busca do aprendizado da Fé Viva para transmitir, e maiormente viver, a Vida
Espiritual. Dado que até hoje há quem diga que coisas relacionadas a esta vida
temporal, de modo geral, são conquistadas através da “fé em Deus”; sendo que
tudo que diz respeito a esta vida passageira (humana e material) é fruto das nossas próprias escolhas, decisões
e ações, sejam estes frutos bons ou maus.
Em
outras palavras, mesmo sendo tão clara a Verdade, até hoje há quem prefira
ficar preso na ignorância de achar que o Poder de Deus interfere em questões
temporais, seja de maneira boa ou má. E o pior é que muitos desses prisioneiros,
por continuarem doentes, conduzem a própria vida humana de braços cruzados
esperando vir do céu e/ou de uma outra pessoa a solução dos problemas que, na
verdade, está em si próprio.
Além
dessa classe de irmãos enfermos, também há aqueles que já conhecem a Fé Viva, porém,
os tais confessam-Na apenas de lábios, esquecendo-se da prática acerca das
Obras que evidenciam Ela.
Em
resumo, a Obra de Deus – como foi dito em textos anteriores – consiste unicamente
em crer/acreditar Naquele que o Pai dos espíritos enviou. E as Obras que manifestam
essa Obra são justamente a vivência dos Frutos do Espírito Divino na vida
cotidiana daquele que crê, recapitulando: serviço pleno de Amor, devoção
não-egoísta, lealdade corajosa, equidade sincera, honestidade esclarecida,
esperança imorredoura, confiança segura, ministração misericordiosa, bondade
infalível, tolerância plena no perdão, paz duradoura, paciência, afabilidade,
temperança, sobriedade, longanimidade, nobreza, humildade, domínio próprio,
continência, etc.
Da
mesma forma que a Obra Divina nunca esteve e nunca estará envolvida com assembleias
solenes, rituais, cultos e práticas provenientes das religiões primitivas,
evolucionárias e/ou do atual sistema religioso; as Obras que evidenciam a
crença em Deus e em Sua Palavra também não estão relacionadas com realizações
materiais, mas sim com as ações espirituais/psíquicas que transmitem o
Evangelho Genuíno.
Desse
modo, quando um indivíduo escolhe exercer a Obra do Eterno, consequentemente ele
procura conhecer e aprender cada vez mais dos Ensinos do Irmão mais velho para
que, através de tal aprendizado, ele possa vivenciar em seu cotidiano as Obras
do Espírito da Verdade que tem como objetivo tanto enobrecer e ofertar descanso
a alma do crente, quanto evidenciar a Fé Viva e o Amor ensinado por essa Fé. Por
essa razão, o Enviado de Deus diz: “Tomai
sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e
encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo
é leve” (Mateus 11:29-30 / Jeremias 6:16).
Resumindo,
mais do que um indivíduo dizer a frase: “Eu
creio em Jesus Cristo”; o mais útil e proveitoso é ele procurar aprender sobre
a Vida de Jesus, para que através de tal instrução ele se iguale ao Pai da
Razão vivenciando, por fim, as Obras do Espírito que tem como foco estabelecer
o Amor Genuíno. Afinal, o Mestre diz: “Aquele
que bebe da Minha boca tornar-se-á como Eu; Eu mesmo me tornarei tal pessoa, e
os mistérios lhe serão revelados” (O Evangelho de Tomé).
A
falta de ciência acerca da Palavra da Verdade pode gerar dificuldades na
compreensão da importância das Obras que evidenciam a Obra e Fé Viva. E para
somar em conhecimento, a seguir será ofertado a leitura de Tiago 2:14-26, para que
assim fique evidente o quanto a Fé, sem a vivência dos Frutos do Espírito,
acaba ficando destrutivamente morta no ser.
“14 - Meus irmãos, que aproveita se
alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura a fé pode
salvá-lo? 15 - E se o irmão
ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento cotidiano, 16 - e algum de vós lhes disser: ‘Ide
em paz, aquentai-vos e
fartai-vos’; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito
virá daí? 17 - Assim também
a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. 18 - Mas dirá alguém: ‘Tu tens a fé, e
eu tenho as obras: Mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a
minha fé pelas minhas
obras’. 19 - Tu crês que há
um só Deus? Fazes bem, também os demônios o creem e estremecem. 20 - Ó homem vão, queres tu saber que
a fé sem as obras é morta? 21 - Porventura
o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras quando ofereceu sobre o
altar o seu filho Isaque? 22 - Bem
vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi
aperfeiçoada. 23 - E
cumpriu-se a Escritura que diz: ‘E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado
como justiça, e foi chamado o amigo de Deus’. 24 - Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não
somente pela fé. 25 - E de
igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras quando
recolheu os emissários e os despediu por outro caminho? 26 - Porque, assim como o corpo
sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.” (Tiago
2:14-26).
A seguir, segue uma pequena análise
explanada com outros olhos acerca de cada verso partilhado, para que assim possamos crescer e somar na
verdadeira Ciência acerca daquilo que foi escrito por aqueles que exerceram a
Obra Divina – tendo como intuito mostrar o quanto a prática das Obras é útil
tanto para quem as exerce, quanto para os demais.
“14 - Meus irmãos, que aproveita se
alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?”
Como podemos ver, esse
verso tem como finalidade puxar a consciência do indivíduo através de dois
questionamentos. Acerca da primeira pergunta, de fato, não há serventia alguma
se uma pessoa simplesmente disser que tem a Fé Viva, mas não exercer as Obras
pertinentes a Ela. Ou seja, não há proveito falar que crê no Enviado de Deus e
não procurar vivenciar no cotidiano os Frutos do Espírito do Pai da Verdade.
Com relação à
segunda pergunta, sim, a Fé pode com certeza salvar o indivíduo; mas o
manter-se a salvo é algo que depende do próprio sujeito. E isso me faz recordar
da seguinte passagem: “Porque pela Graça sois salvos, por meio da Fé, e isso
não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie”
(Efésios 2:8-9).
Em outras
palavras, o Dom de Deus – a Graça e a Fé – é justamente o próprio Jesus Cristo,
isto é, as Palavras Dele são o Presente e o Perdão que o Pai Eterno ofertou
para todos, sem exceção. E essas Dádivas por si só ofertam a salvação (saúde)
para a alma, espírito e psique daquele que crê; possibilitando para o mesmo a
capacidade de resolver os próprios problemas espirituais e materiais. O Dom de
Deus não vem das Obras, pelo contrário, são as Obras que vem Dele. Então ninguém
que exerce os Frutos do Espírito deve se gloriar, afinal, tais Frutos (Obras)
não é algo original do indivíduo, mas sim do Espírito que nos foi dado
gratuitamente pelo Pai dos espíritos.
Portanto, se
engana quem pensa que adquire a salvação vivendo uma vida na retidão, pois na
Verdade só vive uma vida de retidão quem já foi e mantem-se a salvo, pois o Mestre
diz: “A salvação é uma dádiva de Deus, e a retidão é o fruto natural da vida
que nasce da filiação ao Reino. Não sereis salvos porque viveis uma vida na
retidão; antes deveis viver uma vida na retidão porque já fostes salvos, porque
reconhecestes a filiação como uma dádiva de Deus e o serviço no Reino como a
suprema delícia da vida na Terra. Quando os homens acreditam neste Evangelho,
que é uma revelação da bondade de Deus, eles se conduzirão voluntariamente ao
arrependimento de todos os pecados conhecidos. A compreensão da filiação é
incompatível com o desejo de pecar. Os crentes do Reino têm fome de retidão e
sede da perfeição Divina” (Urântia – Doc. 150: Seção 5).
Com efeito: “Aquele que diz que está Nele, também deve andar
como Ele andou” (I João 2:6).
“15 - E se o irmão ou a irmã estiverem nus, e
tiverem falta de mantimento cotidiano, 16 - e algum de vós lhes disser: ‘Ide
em paz, aquentai-vos e fartai-vos’; e lhes não derdes as coisas
necessárias para o corpo, que proveito virá daí? 17 - Assim também a fé,
se não tiver as obras, é morta em si mesma.”
A percepção
literária com relação aos livros considerados sagrados faz com que bastante
gente pense que determinadas atitudes acerca desta vida humana sejam uma demonstração
de Fé (crença, fidelidade, confiança e obediência nas Palavras de Jesus
Cristo). Por esse motivo até hoje há quem acredite que ofertar, por
exemplo, alguma vestimenta e/ou alimento físico para o corpo humano de alguém é
algo relacionado as Obras que de fato evidenciam a Fé Viva. Contudo, para a
surpresa de uns e tristeza de outros, tais práticas são nada mais nada menos do
que atos humanitários. E não são essas obras que demonstram que um ser tem Fé,
afinal, até mesmo um ateu, por exemplo – se é um bom cidadão com uma boa
condição física, psicológica e/ou financeira – exerce, se quiser, ações
filantrópicas.
Dessarte, qualquer cidadão que se preze
– independente se crê ou não em Deus e que tenha condições psicológicas,
físicas e/ou financeiras – pode, se quiser, ajudar alguém próximo que esteja
com falta de alimento e vestimenta física.
Ora,
existem bilhões de seres humanos que estão vestidos fisicamente, mas
espiritualmente estão nus já que não se encontram cobertos com o testemunho de
Cristo Jesus – a Armadura de Deus.
Igualmente,
há milhares de seres humanos que possuem alimentos e bebidas que saciam
temporariamente a fome e sede física, mas espiritualmente estão famintos e
sedentos do Pão e Água da Vida – o Alimento e Bebida que transcende o material
já que oferta um bem-estar eternal.
Aliás,
muitos saem por aí ofertando alimento e vestimenta material para diminuir a
privação do corpo humano alheio, mas infelizmente eles não suprem a deficiência
do Corpo Espiritual desse mesmo semelhante. E sabe por quê? Porque ninguém pode
dar aquilo que ainda não tem aflorado em si. Por essa razão, até hoje é dado
auxílios que não ensinam o próximo a tornar-se independente, resolver os
próprios problemas, melhorar honestamente o estado da própria vida, etc.
Ou
seja, muitos se reúnem para sanar as necessidades alheias, se esquecendo de orientar
o próximo a trabalhar para tratar das próprias carências. Porque tanto
espiritualmente, quanto humanamente, a maior ajuda que alguém pode ofertar para
o outro não consiste no dar o peixe em si, mas sim a ensinar o semelhante a
pescar, para que ninguém se torne tanto dependente de outrem, quanto um peso na
vida alheia.
Não
estou dizendo que é errado ou então que as pessoas não devam ajudar,
humanamente, uns aos outros – até porque cada um que deve saber com consciência
o que faz e o porquê faz; pois apesar do corpo humano aparentar algumas
precisões, ainda assim nada é o que realmente parece. Em outros termos, o que
estou querendo dizer é que nenhuma oferta material é o que expressa a Fé Viva. Assim
como nada do que fazemos acerca desta vida humana interfere na Pessoa de Deus
e/ou manifesta o Poder Dele. E isso me faz recordar da seguinte passagem: “Se você pecar, em que isso afetará Deus?
Mesmo que peque repetidamente, que efeito terá sobre Ele? Se você for justo,
isso será um grande presente para Ele? O que você tem para Lhe dar? Seus
pecados só afetam gente como você; suas boas ações só afetam outros humanos”
(Jó 35:6-8).
Em
resumo, acerca desta vida temporal, tudo que fazemos – seja bom ou mau – não
atinge, interfere ou enaltece Deus, porque Ele é Espírito. Porém, tudo que
realizamos interfere tanto em nós mesmos quanto em outro ser vivo. Em vista
disso, lembro desta oração: “A nós, cabe
unicamente fazer o que é bom; não para merecermos o céu, mas para tornar
suportável o convívio na Terra”.
Embora
as realizações humanas não atinjam, interfiram ou enalteçam o Altíssimo, ainda
assim – por nos amar tanto e querer o bem-estar e união de Seus filhos – o Pai
da Verdade sempre manifesta Seus conselhos, pois um bom pai não sente prazer no
sofrimento de um filho. Logo, o Pai oferta ensinos que tem como fito ensinar o
indivíduo a viver com juízo, para que assim ele não seja iludido pelas próprias
concupiscências carnais e/ou tendências naturais do corpo humano. Todavia, a
prole tem o livre-arbítrio de decidir se quer ou não viver uma vida sofrida; de
escolher se segue ou não a Palavra Divina.
Portanto,
na verdade, quando é dito: “Se o
irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum
de vós lhes disser: ‘Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos’; e lhes não
derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?”;
isso significa que se algum humano não estiver vestido com a Armadura Divina e
não tiver consigo o Alimento cotidiano que é suficiente a todos, a saber, a
Graça de Deus, boa coisa é que aqueles que já se encontram saudáveis (salvos) doem tais Itens ao semelhante
carente. Pois não haverá proveito algum em dizer para o próximo seguir sua
trajetória em paz, aquentando-se e fartando-se sendo que não foi dividido com ele
os Elementos que fazem uma alma ter a Paz que aquece e farta a alma e psique do
ser. Por isso o Mestre diz: “E quando
entrares em alguma casa, saudai-a; e se a casa for digna desça sobre ela a
vossa paz, mas se não for digna torne para vós a vossa paz” (Mateus 10:12-13).
Em
outros termos, ao orarmos (conversarmos)
com algum semelhante – principalmente se o mesmo carece de vestimenta e
alimento espiritual – boa coisa é que o saudemos, isto é, que o auxiliemos no encontro
com a Verdade. Se este próximo for digno/hospitaleiro e um bom ouvinte, ele
recebe em sua psique as Palavras que o orador doa que são capazes de ensinar um
ser a viver uma vida em Equilíbrio e Entendimento (Paz).
Porém,
se o irmão a qual o orador conversa não é um bom ouvinte e muito menos
hospitaleiro, aquilo que o orador oferece não repousa sobre ele; ficando, por
conseguinte, somente consigo mesmo. Então o Entendimento/Equilíbrio outorgado continua/permanece
com aquele que o doou.
Por
outro lado, se um indivíduo diz ter a Fé – se ele diz crer, ser fiel, confiante
e obediente aos Ensinos do Mestre, mas diante de uma ocasião ele deixa de exercer
com o próximo os Frutos do Espírito (Obras),
então a Fé nesse sujeito não está viva, mas sim morta. E boa coisa é que esse humano
ressuscite em si essa Fé, pois o que realmente importa e tem virtude “é a Fé que opera pelo Amor” (Gálatas 5:6).
“18 - Mas dirá alguém: ‘Tu tens a fé, e eu
tenho as obras: Mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha
fé pelas minhas obras’.”
Seguindo
a linha de raciocínio dos versos anteriores, o verso em questão tem como fito mostrar
para o indivíduo que a melhor forma de se demonstrar que tem Fé é vivenciando
as Obras que evidenciam Ela. Por exemplo: o elemento A diz acreditar, ser fiel,
confiante e obediente as Palavras de Jesus Cristo; porém, ele apenas diz isso,
pois ele não vive o que fala. Por outro lado, o elemento B não diz nada, mas
vive em seu cotidiano os Frutos do Espírito do Pai da Verdade, e é justamente essa
prática que faz com que a Fé se torne cada vez mais evidenciada e vivificada no
dia-a-dia desse indivíduo.
Neste
Plano Terrestre a qual nos encontramos somos todos irmãos, logo, somos todos
filhos de Deus. No entanto, há irmãos que ao invés de falar e viver a Fé Viva
que é Espiritual, falam e vivem a fé miserável e morta que é a material. E
aqueles que falam e vivem essa fé distorcem tanto a Obra de Deus quanto as
Obras que corroboram com essa Obra, afinal, os tais pensam que as Práticas é o
ato de levar, por exemplo e carnalmente falando, uma cesta básica e/ou uma peça
de roupa para alguém – sendo que isso
é uma ação humanitária de
qualquer bom cidadão que tenha condições para tal feito, independente se ele crê ou não em Deus.
Similarmente, há diversas pessoas que pensam que as Ações
associadas a Fé Viva é o ato de doar algum valor monetário para alguém e/ou para
alguma instituição, seja ela religiosa ou não. Sendo que tudo isso não passa de
atuações interesseiras, mercenárias e/ou de uma grande moeda de troca já que os
que isso fazem esperam receber alguma recompensa: seja fama, elogios, mérito ou
até mesmo um “muito obrigado” e/ou um “deus te abençoe”.
Outrossim,
muitos pensam que as Obras que
evidenciam a Fé Viva são coisas relacionadas a milagres, sinais e/ou prodígios
materiais. Assim como pensam que Jesus Cristo é o curandeiro e protetor de
corpos humanos; sendo que nada dessas coisas faz com que um ser entre no Reino
Espiritual – ressaltando que é justamente o Evangelho do Reino que o Enviado de
Deus veio anunciar. E como diz o próprio Mensageiro: “Não conseguistes ver
que operar milagres e efetuar prodígios materiais não é o que conquistará almas
para o Reino Espiritual? O Reino do Pai não pode ser construído sobre a
realização de prodígios e de curas físicas. Estou na Terra somente para
confortar as mentes, libertar os espíritos e salvar as almas dos homens”
(Urântia – Doc. 152: Seção 5; Doc. 145: Seção 5; Doc. 140: Seção 6).
Também
há irmãos que falam da Fé Viva, porém, eles se esquecem de viver os Frutos do
Espírito provenientes Dela. Por essa razão, a Fé que deveria estar viva, está
morta no ser.
Em
outras palavras, a Fé em si não morre, afinal, Ela é o próprio Jesus Cristo e
Ele é Eterno. Desse modo, quando a Fé de um humano é morta, isso significa que
o Espírito residente está morto dentro desse indivíduo. Como resultado, o ser
não consegue manifestar com perfeição os Frutos do Espírito que evidenciam os
Ensinos do Pai da Razão. E para esse tipo de sujeito há, um pequeno alerta na
passagem de Apocalipse 3:1-3,
que diz: “E ao anjo da igreja que está em
Sardo escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas:
Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante, e
confirma os restantes que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras
perfeitas diante de Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e
guarda-o, e arrepende-te. E se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e
não saberás a que hora sobre ti virei”.
Enfim,
muitos dizem crer em Deus e em Jesus Cristo, assim como afirmam por aí que tem
Fé, mas nem tudo que reluz é ouro. Do mesmo modo que nem tudo que é falado e
até mesmo exposto nesta travessia humana é de fato Verdade. Igualmente, nem
tudo que é dito é de fato vivido. Portanto, acerca da Fé, muitos falarão Dela
sem vive-La. E outros manifestarão Ela ao praticar os Frutos do Espírito do Eterno.
E bem-aventurados aqueles que ouvem (entendem)
e praticam a Verdade!
“19 - Tu crês que há um só Deus? Fazes
bem, também os demônios o creem e estremecem.”
Certamente, o fato
de um indivíduo dizer que acredita em Deus não quer dizer nada, afinal, até os
demônios creem na existência Dele e estremecem. Sendo assim, mais do que um
filho reconhecer que tem Deus como Pai e/ou acreditar na existência Dele, é
muito mais útil e proveitoso este conhecer o Caráter do Progenitor, para que
assim ele possa ser um representante do Pai aqui nesta Esfera, da mesma maneira
que Jesus Cristo – o Irmão mais velho – foi, é e sempre será.
“Portanto, como filhos amados de Deus,
imitem-No em tudo que fizerem. Vivam em Amor, seguindo o exemplo de Cristo, que
nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a
Deus. Tenham a mesma atitude demonstrada por Cristo Jesus que, embora sendo
Deus, não considerou que ser igual a Deus fosse algo a que devesse se apegar;
em vez disso, esvaziou-se a si mesmo, assumiu a posição de servo e nasceu como
ser humano; quando veio em forma humana humilhou-se e foi obediente até a
morte, e morte de cruz” (Efésios 5:1-2 / Filipenses 2:6-8).
“20 - Ó homem vão, queres tu saber que a fé
sem as obras é morta? 21 - Porventura o nosso pai Abraão não foi
justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? 22 -
Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi
aperfeiçoada. 23 - E cumpriu-se a Escritura que diz: ‘E creu Abraão em Deus, e
foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus’. 24 - Vedes
então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.”
Com relação a tais
versos, muitos – devido à venda que possuem nos olhos – ao se depararem com as
ideias do Tanakh (Antigo Testamento incluso na “Bíblia Sagrada”),
entendem tudo ao pé da letra, isto é, compreendem tudo de maneira literal[2],
carnal e/ou física. E é justamente por causa dessas errôneas interpretações que
até hoje tanto o Caráter de Deus é deturpado, quanto há quem faça mal para o
semelhante alegando estar “cumprindo a vontade de Deus”.
De antemão, é
interessante você saber que o trecho que relata Abraão oferecendo seu filho
Isaque como holocausto à Deus se encontra na passagem de Gênesis 22, então está
em um dos livros que fazem parte da Lei/Torá/Pentateuco. E como é possível
constatar em diversas postagens contidas neste blog, os livros da Torá – assim
como outros escritos que compõe o Tanakh – testificam, parabolicamente, da Vida
de Jesus. E não é diferente acerca do trecho de Abraão ofertando Isaque como
holocausto. Porém, a compreensão literária acerca da Torá dificulta um bom
aprendizado.
Em termos mais
abrangentes, o fragmento de Gênesis 22:1 diz: “Deus tentou a Abraão”. Mas
o trecho de Tiago 1:13 adverte: “Ninguém sendo tentado diga: ‘De Deus sou
tentado’; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta”. Ou
seja, se formos analisar literalmente o conteúdo dos livros considerados
sagrados – em especial o Tanakh – claramente veremos que não há lógica alguma
naquilo que foi escrito, já que há muitas contradições acerca de diversas
passagens! E com relação a esta questão de Abraão – se formos estudar ao pé da
letra – claro está que é surreal um Deus que é Espírito e a favor do Amor
querer que alguém ofereça um sacrifício humano que, ainda por cima, está intimamente
ligado a um homicídio. Por outro lado, analisando com outros olhos esta questão,
com certeza é possível obter alguma edificação, e é algo que edifique que quero
ofertar.
Em primeiro lugar,
é interessante você compreender que Deus fala através de alegorias/parábolas[3].
E uma parábola é nada mais nada menos do que uma comparação desenvolvida
em uma história curta cujos elementos são eventos e fatos da vida cotidiana a
fim de ilustrar uma verdade moral ou espiritual. Como Deus é
Espírito e Pai dos espíritos, então todas as Suas alegorias têm como fito expor
um sentido moral e maiormente espiritual. Logo, o trecho de Gênesis 22, assim
como tantos outros, é uma parábola que tem como fito ilustrar a Verdade moral e
espiritual que tem por nome Jesus Cristo.
Em segundo lugar, falando um pouco sobre Gênesis
22 com outros olhos, de maneira bem simples e resumida, Abraão – que significa “pai de uma grande multidão” – tinha a
Fé dentro de si, afinal, ele creu[4]
em Cristo e rejubilou-se muito ao vê-Lo. Então ele tinha consigo tanto a Fé
quanto a Obra Divina. E um dos Frutos do Espírito é justamente a Fé – Fidelidade.
Dessa forma, Abraão, por ser fiel ao Pai da Verdade, não titubeou quando foi
proposto a ele entregar Isaque, o filho da promessa, como um sacrifício a Deus.
Em outras palavras, no campo espiritual a
palavra “filho (s)” tem sentido de “palavra (s) gerada (s)”; o nome Isaque
significa “sorriso, ele riu” ou “aquele a quem Deus sorri” e a palavra “sorrir” quer dizer “beneficiar, auxiliar, ajudar, etc.”. Ou seja, Abraão não titubeou
ao ofertar suas palavras que testificam da Promessa de Deus que auxilia a
todos, a saber, a Vida Eterna.
Todavia, na hora de exercer o sacrifício que
é “o fruto dos lábios que confessam o
Nome/Palavra de Deus” (Hebreus 13:12-15), um carneiro havia aparecido para
ser imolado no lugar de Isaque, e este ilustra perfeitamente o sacrifício de
Cristo Jesus, afinal, Ele é o Carneiro/Cordeiro sacrificado (consagrado; dedicado) que liberta[5]
da ignorância, pecado e mentira o humano que Nele crê; pois Ele é a Promessa e
Presente de Deus ofertado para todos.
Em vista disso, através da parábola
expressada na passagem de Gênesis 22, é possível aprender o seguinte:
1. Aquele que exerce a Obra de Deus não
precisa se preocupar com o que falar e como falar, pois o Espírito do Pai da
Verdade – por conhecer tudo e todos – sabe como e quando se revelar. Basta
confiar Nele para que assim o Cordeiro se manifeste[6]
no lugar do vaso em questão.
2. Mais uma vez é possível comprovar que a
Lei contida no Tanakh[7]
testifica da Vida de Jesus – atesta de Cristo. E para a alegria de uns, surpresa
de muitos e sorte de todos: Cristo está desde o início ofertando auxilio para
todos que querem ser salvos! E, na verdade, todos aqueles que dão ouvidos para
Sua Voz não são confundidos! Portanto, entre dar ouvidos para uma grande
multidão, é preferível dar ouvidos para a Voz do Pai que originou o espírito
que habita dentro de cada um da multidão, pois a Voz desse Pai é a Palavra da
Verdade.
Outra
coisa interessante para se abordar é que foi deixado claro que a atitude de
Abraão fez com que ele fosse chamado de “amigo
de Deus”, e sabe por quê? Porque ele fez o que o Senhor mandou. E a Palavra
do Senhor decreta: “O Meu Mandamento é
este: Que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do
que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos se
fizerdes o que Eu vos mando. Já vos não chamarei mais servos, porque o servo
não sabe o que faz o seu senhor, mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo
quanto ouvi de Meu Pai vos tenho feito conhecer” (João 15:12-15).
Portanto,
claro está que todos aqueles que exercem a Obra Divina, Fé Viva e as Obras (vivência), os tais também são chamados
de amigos de Deus; passando, por conseguinte, a conhecer tudo que abrange o
Reino/Vontade do Pai da Verdade, discernindo tudo e de ninguém sendo
discernidos.
“25 - E de igual modo Raabe, a meretriz, não
foi também justificada pelas obras quando recolheu os emissários, e os despediu
por outro caminho?”
Da mesma maneira
que a passagem de Gênesis 22 é uma parábola, o trecho de Josué 2 que fala sobre
Raabe também é uma alegoria. E analisando tal trecho de maneira espiritual,
pode se dizer, resumidamente, que Raabe (que significa “grande pela Fé”),
mesmo sendo uma prostituta ainda assim exerceu a Obra ao admitir que: “Deus
é Deus em cima nos céus e embaixo da terra” (vide Josué
2:11). Ou seja, apesar de ser uma
meretriz, ela declarou aos emissários a Soberania de Deus. E junto com a Obra
ela exerceu as Obras que mostram a Fé ao executar a hospitalidade e humildade.
À vista disso, sem intentar mal a respeito dos
emissários, Raabe[8]
os acolheu, isto é, ela deu ouvido para suas palavras. E isso lhe foi imputado
como beneficência, não perecendo, por conseguinte, com os incrédulos. Pois
quando uma alma crê no Evangelho, consequentemente ela entra em uma nova
conduta de vida e passa a despir-se dos hábitos destrutivos que seguiam o velho
homem, já que ela aspira tornar-se igual ao Pai Genuíno no sentido de viver Seu
Amor.
“26 - Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.”
Com relação a esse
último verso, levando em consideração todos os versos anteriores, uma coisa é
fato: um corpo que ainda não está com o Espírito residente despertado não está
vivendo a Vida, pois, na Verdade, se encontra morto. Em consequência, este é
apenas mais uma árvore que anda sem ofertar um fruto sequer.
Na mesma proporção,
um indivíduo que diz acreditar na existência do Deus Invisível, mas que não exerce
em seu cotidiano os Frutos pertinentes ao Espírito Dele, é um humano que está
com sua Fé morta; necessitando, desse modo, passar pela ressurreição para que
assim possa viver uma Nova Vida em novidade de Espírito/Razão.
Enfim,
mediante tudo que foi ofertado, é possível entender o seguinte:
1º:
Não basta um indivíduo simplesmente acreditar na existência de Deus, considerar
Ele como um Pai ou então falar apenas de lábios que Ele é tudo. Assim como não
adianta nada crer na existência de Jesus Cristo, falar que Ele é o Caminho, a Verdade
e a Vida sem trilhar essa Direção, viver essa Realidade e manter-se em comunhão
com esse Espírito. Logo, não adianta nada um ser reconhecer o Mestre sem colocar
em prática o Mandamento Dele.
2º:
Obedecer a Lei Divina – viver as Obras que evidenciam a Fé Viva – não tem nada
em comum com a prática de ações humanitárias, filantrópicas e/ou materiais;
pois esses atos qualquer humano que quiser e tiver condições para tais feitos exerce,
independente se ele crê ou não no Verdadeiro Deus. Desse modo, associar os Frutos
(Obras) da Fé Viva com as obras e/ou
reformas sociais que tem como fito o bem-estar humano/material de um ser, é um
erro! Pois aquilo que é humano, é inerente da sabedoria humana. E aquilo que é
Espiritual, é característico da Sabedoria Celestial. Portanto, “dai a César as coisas materiais e a Deus as
espirituais”, mas não misture/confunda as coisas!
Resumindo,
acerca de tudo que foi explanado, conclui-se que a melhor forma de um filho demonstrar amor e
respeito – tanto pelo Pai quanto pelos irmãos – é algo que consiste não apenas
em palavras, mas sim na obediência acerca da Vontade e Doutrina Divina – até
porque é possível um humano revelar a Fé Viva pelas Obras praticadas. Quer
dizer que através da vivencia dos Frutos do Espírito da Verdade automaticamente
o ser evidencia o Evangelho, demonstrando sua Fidelidade ao Eterno muitas vezes
sem emitir uma só palavra.
💡 “Não é gritando para o mundo afora dizendo
que mudou que você demonstra sua melhora e evolução. Assim como não é frequentando
religiões/instituições religiosas criadas por homens ou cantarolando ao som de
instrumentos músicos que você demonstra que louva, cultua ou tem Fé no Criador.
Pois a força da mudança não está nas palavras, mas sim na vivência dos Frutos
do Espírito Divino. Portanto, ame seu próximo incluindo a si mesmo como Cristo
Jesus nos amou e com certeza sua Fé não será morta.”
[2] II Coríntios 3.
[3] Mateus 13:34-35; Salmos 78:1-2.
[4] Gênesis 14:18-19; Hebreus 7:1-3; João 8:56-58.
[5] João 1:29; I João 3:8-9.
[6] Colossenses 3:1-4; Mateus 10:20.
[7] Leia as seguintes passagens
para comprovar que a Torá, assim como outros escritos, testifica do Mestre: Gênesis 22:6 e João 19:17; Gênesis 22:13
e João 3:16; I João 4:9; Romanos 8:32.
[8] Hebreus 11:30-31.
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OBS 1: O texto repartido nesta postagem foi extraído do seguinte livro: "De Encontro Com A Verdade Genuína", página 153 à 171. Para mais informações sobre esse livro, leia a seguinte postagem: DIVULGANDO UM LIVRO.
OBS 2: A fim de agregar mais conhecimento, sugiro a leitura das postagens abaixo:
OBS 1: O texto repartido nesta postagem foi extraído do seguinte livro: "De Encontro Com A Verdade Genuína", página 153 à 171. Para mais informações sobre esse livro, leia a seguinte postagem: DIVULGANDO UM LIVRO.
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⚠NOTA: Caso você queira repartir aprendizados ou falar a respeito do que leu, e não quiser fazer isso via comentários por algum motivo pessoal, mande uma mensagem no seguinte e-mail e, assim que possível, estarei respondendo enquanto estiver neste corpo: deencontrocomaverdadegenuina@yahoo.com
MARAVILHOSO, onde Além dos frutos do Espírito serem: caridade/amor fraterno, gozo, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança, paciência, generosidade, humildade, abstinência e domínio de si mesmo/auto-domínio (Gálatas 5), a VERDADEIRA SABEDORIA QUE PROVÉM DE DEUS SEGUE DE CONFORMIDADE COM OS FRUTOS DO ESPÍRITO (Tiago 3:13 ao 18), onde logo, todos quanto foram Batizados por Cristo e tem já dentro de si o Espirito Santo de Deus, estão/são aptos/capacitados á discernir tanto o bem/Verdade quanto o mal/mentira (I Corintios 2:13 ao 16/ Hebreus 5:11 ao 14).
ResponderExcluirE quem fala pelo Espírito de Deus/Espírito da Verdade, de forma inteligível, fala apenas para/no espírito e vida, fala apenas palavras pertinentes á Vida Eterna, como Cristo, pois o mandamento que Cristo recebeu do Pai foi falar para/de Vida Eterna (João 12:49-50), e está é a promessa que Ele nos fez: Vida Eterna (I João 2:25 ao 27).
Deus abençoe irmã por repartir tão Glorioso Pão/João 6:35, e prossigamos firmes com Cristo em Deus (II Timóteo 3:15 ao 17).
Amém irmã!
ExcluirQue Deus nos dê forças para permanecermos No Caminho, Verdade e Vida (João 14:6)!!!
MARAVILHOSO, onde Além dos frutos do Espírito serem: caridade/amor fraterno, gozo, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança, paciência, generosidade, humildade, abstinência e domínio de si mesmo/auto-domínio (Gálatas 5), a VERDADEIRA SABEDORIA QUE PROVÉM DE DEUS SEGUE DE CONFORMIDADE COM OS FRUTOS DO ESPÍRITO (Tiago 3:13 ao 18), onde logo, todos quanto foram Batizados por Cristo e tem já dentro de si o Espirito Santo de Deus, estão/são aptos/capacitados á discernir tanto o bem/Verdade quanto o mal/mentira (I Corintios 2:13 ao 16/ Hebreus 5:11 ao 14).
ResponderExcluirE quem fala pelo Espírito de Deus/Espírito da Verdade, de forma inteligível, fala apenas para/no espírito e vida, fala apenas palavras pertinentes á Vida Eterna, como Cristo, pois o mandamento que Cristo recebeu do Pai foi falar para/de Vida Eterna (João 12:49-50), e está é a promessa que Ele nos fez: Vida Eterna (I João 2:25 ao 27).
Deus abençoe irmã por repartir tão Glorioso Pão/João 6:35, e prossigamos firmes com Cristo em Deus (II Timóteo 3:15 ao 17).