quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

INSTITUINDO A CEIA DA LEMBRANÇA

Caro leitor, a cada dia que passa, quanto mais me empenho em trabalhar pelo Alimento Não-Perecível ofertado pelo Mediador entre Deus e os homens, a saber, Jesus Cristo Homem (vide I Timóteo 2:5), mais e mais tenho a honra de saborear e de compreender que tudo que o Mestre ensinou não é um ritual ou uma cerimônia materializada; mas sim uma Nova Vida em Novidade de Espírito - a vivência diária da Vida Eterna - a Graça de viver hoje e eternamente em comunhão com o Espírito da Verdade. 

  E quanto mais compreendo o sentido verdadeiro daquilo que o Mestre nos ensina, a saber, o sentido Espiritual, mais e mais tenho satisfação em repartir com todos aqueles que tem interesse na Verdade o Pão da Vida, a saber, a Palavra da Verdade proveniente do Verdadeiro Deus que é Espírito (vide João 17:17 / João 14:6 / João 4:23-24 / João 14:6 / I João 5:20): e quem me acompanha neste blog, de um puro e sincero coração com os olhos (discernimento) abertos, já notou isso. 

Em postagens anteriores já explanei, de forma simples, que a Santa Ceia ensinada pelo Mestre a qual os crentes devem exercer não é um ritual materializado. Não é uma cerimônia feita alguns dias na semana, mês ou ano. Não é algo que acompanha alimentos e bebidas físicas, afinal, esta Ceia é nada mais nada menos do que o repartir, por meio da nossa própria vida, o Verbo de Deus - as Palavras da Verdade - os Ensinos de Jesus Cristo. 

  Em vista disso, é com grande satisfação e imensa alegria que reparto a seguir um texto que encontrei no “Livro de Urântia - Documento 179: Seção 5” que explana com mais detalhes como é a Ceia instituída pelo Mestre. E de antemão, antes que algum preconceito seja manifesto em seu coração, assim como reporto em postagens anteriores, digo também nesta: os Ensinos da Palavra de Deus podem ser encontrados tanto no livro denominado “Bíblia Sagrada”, quanto em diversos outros livros, sejam eles considerados Apócrifos ou não; do mesmo modo que pode ser encontrada ao ouvirmos (entendermos) as Palavras que os vasos nascidos do Espírito proclamam. Sendo assim, espero que você não seja uma pessoa limitada para que assim você possa expandir sua mente tendo como objetivo cumprir a Vontade do Pai dos espíritos que, por sinal, é boa, agradável e perfeita (vide João 6:39-40 / I Tessalonicenses 4:3-5 / I Pedro 2:15 / I Pedro 4:1-2)

Sem mais delongas, leia com atenção e de preferência com a alma, o texto abaixo extraído do “Livro de Urântia - Documento 179: Seção 5”:

Quando Lhe trouxeram o terceiro cálice de vinho, o “cálice da bênção”, Jesus levantou-se do divã e, tomando o cálice nas Suas mãos, abençoou-o, dizendo: “Tomai deste cálice, todos vós, e bebei dele. Este será o cálice da lembrança de Mim. Este é o cálice da benção de uma nova dispensação de Graça e Verdade. E será, para vós, o emblema do outorgamento e da ministração do Divino Espírito da Verdade. E Eu não beberei novamente deste cálice convosco até que, em uma nova forma, possa beber convosco no Reino eterno do Pai”.

Os apóstolos todos sentiram que alguma coisa de fora do ordinário estava acontecendo, enquanto bebiam desse cálice da bênção em reverência profunda e em perfeito silêncio. A velha Páscoa comemorava a emergência dos seus pais, de um estado de escravidão racial para a liberdade individual; agora o Mestre estava instituindo uma nova ceia da lembrança como um símbolo da nova dispensação, na qual o indivíduo escravizado emerge do aprisionamento ao cerimonialismo e ao egoísmo, para a alegria espiritual da fraternidade e da irmandade dos filhos libertados do Deus Vivo.

Quando terminaram de beber dessa nova taça da lembrança, o Mestre tomou o pão e, após dar graças, partiu-o em pedaços e, mandando que o passassem adiante, disse: “Tomai este pão da lembrança e comei-o. Eu vos disse que Sou o Pão da Vida. E este Pão da Vida é a Vida unida do Pai e do Filho, em uma só dádiva. A Palavra do Pai, como revelada no Filho, é de fato o Pão da Vida”. Depois de haverem comido do pão da lembrança, o símbolo da Palavra Viva da Verdade encarnada à semelhança da carne mortal, todos se sentaram.

Ao organizar esta ceia de lembrança, o Mestre, como era sempre do Seu hábito, recorreu a parábolas e a símbolos. Ele empregou símbolos porque queria ensinar algumas Verdades Espirituais, de uma tal maneira que tornasse difícil para os sucessores apegarem-se a interpretações precisas e significados definidos para as Suas Palavras. Desse modo, Ele buscou impedir gerações sucessivas de cristalizarem o Seu ensinamento e de ligarem os Seus significados Espirituais às correntes mortas da tradição pelo dogma. Ao estabelecer a única cerimônia ou sacramento ligado à missão de toda a Sua Vida, Jesus tomou um grande cuidado em sugerir os Seus significados mais do que em comprometer-se com definições precisas. Ele não queria destruir o conceito individual de comunhão Divina, estabelecendo uma forma precisa; nem desejava limitar a imaginação espiritual do crente, paralisando-a formalmente. Ele buscava deixar livre a alma do homem renascido, nas asas jubilosas de uma liberdade espiritual nova e viva.

Não obstante o esforço do Mestre, de estabelecer assim esse novo sacramento da lembrança, aqueles que o seguiram, nos séculos seguintes, se encarregaram de opor-se a que Seu desejo expresso fosse efetivamente satisfeito, naquilo em que o simbolismo espiritual simples daquela noite na carne teria sido reduzido a interpretações precisas e submetido à precisão quase matemática de uma fórmula estabelecida. De todos os Ensinamentos de Jesus, nenhum se tornou mais padronizado pela tradição.

Essa ceia da lembrança, quando compartilhada por aqueles que são crentes dos Filhos e conhecedores de Deus, não precisa ter quaisquer das interpretações malfeitas e pueris dos homens ligadas ao seu simbolismo, a respeito do significado da Divina presença, pois em todas essas ocasiões o Mestre está presente realmente. A ceia da lembrança é um encontro simbólico do crente com Michael. Quando vós vos tornais assim conscientes do espírito, o Filho está realmente presente, e o Seu Espírito confraterniza-se com o Fragmento residente do Seu Pai.

Após haverem entrado em meditação, por alguns momentos, Jesus continuou falando: “Quando fizerdes essas coisas, relembrai-vos da Vida que Eu vivi na Terra entre vós e rejubilai, pois Eu devo continuar a viver na Terra convosco, servindo por vosso intermédio. Como indivíduos, não tenhais entre vós disputas sobre quem será o maior. Sede como irmãos. E, quando o Reino crescer e abranger grandes grupos de crentes, do mesmo modo deveríeis abster-vos de disputas pela grandeza e de buscar a preferência entre tais grupos”.

E essa ocasião grandiosa teve lugar na sala do andar superior da casa de um amigo. Nem a ceia nem a casa apresentavam qualquer forma sagrada de consagração cerimonial. A ceia da lembrança foi organizada sem a sanção eclesiástica.

Depois que Jesus estabeleceu assim a ceia da lembrança, Ele disse aos apóstolos: “E, sempre que fizerdes isso, fazei em lembrança de Mim. E quando vos lembrardes de Mim, primeiro olhai para a Minha Vida na carne, lembrai-vos de que Eu estive certa vez entre vós e, então, pela Fé, podeis saber que todos vós ireis algum dia cear comigo no Reino eterno do Pai. Essa é a nova Páscoa, que Eu deixo convosco; a da memória à Minha Vida de auto-outorga, a Palavra da Verdade eterna; e do Meu Amor por vós, da efusão do Meu Espírito da Verdade sobre toda a carne”.

E concluíram essa celebração da velha Páscoa, que, sem derramamento do sangue do sacrifício, estabelecia a inauguração da nova ceia da lembrança, cantando todos juntos o SALMO CENTO E DEZOITO.

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Caro leitor, mediante a leitura do texto acima, muitas coisas podem ser concluídas. E abaixo procurarei enumerar cada uma destas conclusões ao recapitular os parágrafos do texto partilhado:

1. “Tomai deste cálice, todos vós, e bebei dele. Este será o cálice da lembrança de Mim. Este é o cálice da benção de uma nova dispensação de Graça e Verdade. E será, para vós, o emblema do outorgamento e da ministração do Divino Espírito da Verdade. E Eu não beberei novamente deste cálice convosco até que, em uma nova forma, possa beber convosco no Reino eterno do Pai”;

Muitos irmãos, por falta de conhecimento acerca da Palavra da Verdade, não compreendem que o cálice da lembrança não é uma taça física utilizada para beber um vinho ou suco de uva físico em algum dia em específico; antes é a lembrança (recordação de uma experiência vivida; presente) da Vida de Jesus - de uma Vida vivida constantemente em Espírito - uma Viva vivida sempre em comunhão com o Espírito do Pai Verdadeiro - uma Viva vivida incessantemente em cumprimento da Vontade do Eterno. 

  O Cálice da Lembrança, ao contrário do que muitos pensam e até mesmo exercem erroneamente, não é algo material, mas sim Espiritual; é algo que o indivíduo, quando ressuscitado com Cristo, vive diariamente, pois este, como o Mestre diz: “é o cálice da benção de uma nova dispensação de Graça e Verdade”. E como a Graça e a Verdade é o próprio Jesus Cristo (vide João 1:17), isso significa que esse Cálice é a compreensão e vivência do Espírito da Verdade que o Pai verteu sobre toda a carne. Contudo, para que esse Espírito seja manifesto em um indivíduo, o mesmo precisa nascer de novo (ressuscitar) para que Aquilo que se encontra morto possa tornar-se Vivo. 

Quando o Mestre exerceu esta última ceia com os discípulos, vemos que Ele deixou bem claro que não beberia novamente daquele cálice com eles até que, em uma nova forma, Ele pudesse beber com eles no Reino Eterno do Pai; isso significa que o Mestre, após a crucificação de Sua roupa humana, não ensinaria e não ouviria os discípulos até que, em uma nova forma, pudesse fazer isso com eles no Reino do Pai. 

  Em outras palavras, esta “nova forma” é a forma Espiritual. E após a crucificação de Jesus, um indivíduo só bebe o Cálice com Ele a partir do momento que renasce (ressuscita), pois só assim é possível ver e entrar no Reino de Deus que, por sinal, se encontra dentro e fora de cada um de nós - lembrando que a entrada nesse Reino é depende justamente da Verdadeira Fé, pois Ela é a porta que conduz uma alma ao Reino Celeste. Diante desse fato é interessante recordar que, mesmo um ser passando porta adentro, ele terá que galgar (subir; percorrer) os degraus da Retidão para que se torne um robusto filho de Deus. 

O Cálice da Benção, sendo Ele o Cálice da Lembrança do Mestre, é nada mais nada menos do que o emblema que comprova que o Pai da Verdade já nos deu Sua Benção que é Espiritual (vide Efésios 1:3). E essa Benção é justamente o Espírito da Verdade que reside dentro de cada um de nós aguardando ser despertado por aqueles que ainda se encontram mortos, para que assim, através desse despertar, o indivíduo possa viver no cotidiano os Frutos do Espírito que fazem com que a fé morta seja substituída pela Fé Viva. 

  Então, quanto mais um indivíduo é abençoado (ensinado; esclarecido; corrigido) por Deus, mais ele aflora em si a Benção Divina que é o Espírito residente! E tudo isso é decorrente ao fato do indivíduo cear com Cristo dentro da própria casa (psique) em Espírito e em Verdade (vide Apocalipse 3:19-20 / Lucas 14:15 / Apocalipse 19:9). Por isso o Mestre diz: “Vede, Eu estou à porta dos corações dos homens e bato, e se algum homem abrir a porta para Mim, Eu entrarei e cearei com ele e alimentá-lo-ei com o Pão da Vida; seremos um em espírito e propósito, e, assim, seremos irmãos, sempre irmãos, no serviço longo e frutuoso da busca pelo Pai do Paraíso” (Urântia - Documento 166: Seção 3).

2. “A velha Páscoa comemorava a emergência dos seus pais, de um estado de escravidão racial para a liberdade individual; agora o Mestre estava instituindo uma nova ceia da lembrança como um símbolo da nova dispensação, na qual o indivíduo escravizado emerge do aprisionamento ao cerimonialismo e ao egoísmo, para a alegria espiritual da fraternidade e da irmandade dos filhos libertados do Deus Vivo”;

Como podemos ver, ao contrário do que muitos pensam e até exercem por aí em seus respectivos “restaurantes” (instituições religiosas) ou em suas moradias físicas, o Mestre não estava ensinando que a Ceia deveria ser exercida através de uma cerimônia; e muito menos deveria promover o aprisionamento a qualquer tipo de cerimonialismo e egoísmo! Pois o Ensino da Nova Ceia da Lembrança tem como fito libertar o indivíduo do egoísmo e cerimônias eclesiásticas, para que assim ele desfrute da Liberdade ofertada pela Divindade que promove a Alegria Espiritual da Fraternidade dos filhos do Deus Vivo que aceitam ser libertos pela Voz da Verdade (Sabedoria de Jesus Cristo)

  Outrossim, o Ensino que o Mestre deixou claro acerca da Ceia da Lembrança, tem como intuito manter a prole congregada com o Espírito do Progenitor. E ao contrário do que falsos cristos e falsos profetas proclamam por aí, é essa a verdadeira congregação que os filhos de Deus são orientados a não abandonar (vide Efésios 1:10 / Hebreus 10:25)! Em outras palavras e de maneira objetiva: a única congregação que o Deus Genuíno aconselha a não ser abandonada é a união com o Espírito Sagrado; passou disso é papo de lobo em pele de cordeiro! 

3. “Quando terminaram de beber dessa nova taça da lembrança, o Mestre tomou o pão e, após dar graças, partiu-o em pedaços e, mandando que o passassem adiante, disse: "Tomai este pão da lembrança e comei-o. Eu vos disse que Sou o Pão da Vida. E este Pão da Vida é a Vida unida do Pai e do Filho, em uma só dádiva. A Palavra do Pai, como revelada no Filho, é de fato o Pão da Vida”;

Como podemos ver, o Pão da Vida é nada mais nada menos do que a união do Pai com o Filho; e Jesus Cristo é o Exemplo perfeito dessa união. Além do mais, Ele, sendo um Exemplo, não deve ser apenas admirado, mas maiormente imitado. 

  O Pão da Vida, sendo o Verbo/Palavra Divina, deve ser passado adiante, quer dizer que Ele deve ser ofertado para os demais irmãos, para que assim todos aqueles que quiserem ser salvos (auxiliados; saudáveis) na alma possam conduzir a própria vida da mesma forma que Cristo conduziu a Dele durante o tempo em que esteve vestido com uma roupa humana, a saber: viver constantemente em comunhão/congregado com o Espírito do Pai da Verdade - viver a Vida Eterna a qual já nos foi manifestada - viver hoje e eternamente em comunhão com o Espírito Sagrado. 

4. “Ao organizar esta ceia de lembrança, o Mestre, como era sempre do Seu hábito, recorreu a parábolas e a símbolos. Ele empregou símbolos porque queria ensinar algumas Verdades Espirituais, de uma tal maneira que tornasse difícil para os sucessores apegarem-se a interpretações precisas e significados definidos para as Suas Palavras. Desse modo, Ele buscou impedir gerações sucessivas de cristalizarem o Seu ensinamento e de ligarem os Seus significados Espirituais às correntes mortas da tradição pelo dogma. Ao estabelecer a única cerimônia ou sacramento ligado à missão de toda a Sua Vida, Jesus tomou um grande cuidado em 'sugerir' os Seus significados mais do que em comprometer-se com definições precisas. Ele não queria destruir o conceito individual de comunhão Divina, estabelecendo uma forma precisa; nem desejava limitar a imaginação espiritual do crente, paralisando-a formalmente. Ele buscava deixar livre a alma do homem renascido, nas asas jubilosas de uma liberdade espiritual nova e viva. Não obstante o esforço do Mestre, de estabelecer assim esse novo sacramento da lembrança, aqueles que o seguiram, nos séculos seguintes, se encarregaram de opor-se a que Seu desejo expresso fosse efetivamente satisfeito, naquilo em que o simbolismo espiritual simples daquela noite na carne teria sido reduzido a interpretações precisas e submetido à precisão quase matemática de uma fórmula estabelecida. De todos os Ensinamentos de Jesus, nenhum se tornou mais padronizado pela tradição.”;  

Como podemos ver no fragmento repartido, o Mestre sempre fazia uso de parábolas e símbolos para ensinar as Verdades Espirituais (vide Mateus 13:34-35 / Salmos 78:1-2); e tudo isso Ele fazia com a intenção de dificultar interpretações precisas e significados definidos para as Suas Palavras. Igualmente, Ele tinha como intenção evitar que as pessoas cristalizassem o Seu Ensinamento e ligassem os Seus significados Espirituais às correntes mortas da tradição pelo dogma. Por esse motivo Ele sempre tomou cuidado em “sugerir” os Seus significados ao invés de comprometer-Se com “definições precisas”. E tudo isso foi feito porque Ele não queria destruir o conceito individual de comunhão Divina; Ele não desejava limitar a imaginação Espiritual do crente através de uma paralisia formal e/ou definições precisas (materiais), afinal, Ele sempre buscou deixar livre a alma do homem renascido, nas asas jubilosas de uma Liberdade Espiritual Nova e Viva. 

  Porém, mesmo Ele deixando tudo isso muito claro, ainda assim, após Sua ascensão, muitos se opuseram ao Desejo/Vontade do Mestre pelo fato de estarem presos nas tradições/dogmas religiosos e rudimentos mundanos. E essa oposição resultou em uma tradição cerimonial, como uma fórmula matemática, de uma ceia materializada seguida de um mero sentimentalismo que em nada edifica um indivíduo moralmente e muito menos espiritualmente. 

  Em outras palavras, todos aqueles que se opuseram a Vontade do Mestre - que é a Liberdade Espiritual que faz a prole estar em comunhão com o Progenitor através do Espírito que nos foi dado -, fizeram com que o simbolismo Espiritual do Ensino do Mediador fosse reduzido a interpretações precisas (materiais); sendo que o Eterno nunca quis que isso ocorresse! 

  De fato, de todos os Ensinamentos de Jesus, nenhum se tornou mais padronizado como a celebração da Ceia! E isso é lamentável, já que é algo contrário à Vontade/Desejo do Mestre.

5. “Essa ceia da lembrança, quando compartilhada por aqueles que são crentes dos Filhos e conhecedores de Deus, não precisa ter quaisquer das interpretações malfeitas e pueris dos homens ligadas ao seu simbolismo, a respeito do significado da Divina presença, pois em todas essas ocasiões o Mestre está presente realmente. A ceia da lembrança é um encontro simbólico do crente com Michael. Quando vós vos tornais assim conscientes do espírito, o Filho está realmente presente, e o Seu Espírito confraterniza-se com o Fragmento residente do Seu Pai.”;

Quando um indivíduo verdadeiramente crê em Deus e em Sua Palavra Jesus Cristo e de fato conhece a Essência Espiritual de Ambos, além deste sujeito estar exercendo a Verdadeira Obra de Deus (vide João 6:29); o mesmo também não precisa de quaisquer das interpretações malfeitas e pueris (infantis) dos homens que são presos no simbolismo ao invés de serem presos no Significado do simbolismo. 

  Em outras palavras, o filho que de fato conhece e crê, de corpo e alma, no Pai dos espíritos: desfruta da Presença do Mestre; pois o Espírito Dele realmente está presente. E é por meio desse Espírito que o indivíduo se encontra com Michael (que significa “quem é como Deus?”). Sendo assim, quando um ser realmente se torna consciente do Espírito que lhe foi dado, consequentemente ele entende que o Filho/Palavra está realmente presente; tendo como produto o Espírito Eterno confraternizando-se com o Espírito residente que é o Fragmento que o Pai da Verdade nos deu.

6. “Após haverem entrado em meditação, por alguns momentos, Jesus continuou falando: "Quando fizerdes essas coisas, relembrai-vos da Vida que Eu vivi na Terra entre vós e rejubilai, pois Eu devo continuar a viver na Terra convosco, servindo por vosso intermédio. Como indivíduos, não tenhais entre vós disputas sobre quem será o maior. Sede como irmãos. E, quando o Reino crescer e abranger grandes grupos de crentes, do mesmo modo deveríeis abster-vos de disputas pela grandeza e de buscar a preferência entre tais grupos”.;

Como é possível constatar, em primeiro lugar, quando o indivíduo exerce o Significado da Ceia ensinada pelo Mestre, o mesmo deve relembrar da Vida que Jesus viveu na Terra (uma Vida congregada/unificada com o Pai dos espíritos) e rejubilar; pois através dessa Ceia o Mestre continua a viver na Terra conosco, servindo os demais irmãos por intermédio daquele que exerce a Verdadeira Ceia. Em outras palavras, quando um indivíduo é nascido do espírito, através da Verdadeira Ceia Ele contempla o retorno de Cristo Jesus ao mundo, o qual é o próprio indivíduo ressuscitado (vide João 14:23); desfrutando, por conseguinte, da Vida Eterna - a Graça de viver hoje e eternamente em comunhão com o Espírito Sagrado. 

  Em segundo lugar, vemos que o Mestre deixa claro que, como indivíduos, não deve haver disputas entre uns com os outros para definir quem é o maior ou o menor diante do Pai. E para quebrar esse tipo de disputa maligna, a Palavra Divina deixa claro que devemos ser como irmãos, pois diante dos Olhos de Deus todos, sem exceção, são irmãos (vide Mateus 23:8). Desse modo, mesmo quando o Evangelho do Reino crescer e abranger grandes grupos de crentes, ainda assim os filhos de Deus devem abster-se de disputar pela grandeza e preferência entre tais grupos, afinal, no Reino do Eterno todos somos irmãos e o único Professor é Cristo; pois é o Espírito Dele quem fala, por intermédio do vaso ressuscitado, as Palavras da Verdade (vide João 15:26 / II Coríntios 4:5-7 / João 6:45 / I João 2:27)

7. “E essa ocasião grandiosa teve lugar na sala do andar superior da casa de um amigo. Nem a ceia nem a casa apresentavam qualquer forma sagrada de consagração cerimonial. A ceia da lembrança foi organizada sem a sanção eclesiástica.”;

A fim de quebrar as tradições materialistas do sistema religioso, o Mestre fez questão de manifestar Seu Ensinamento acerca da Ceia na casa de um amigo, a saber, na casa dos pais de João Marcos. Além do mais, nem a Ceia, nem a casa, apresentavam qualquer forma sagrada de consagração cerimonial; visto que ela foi organizada sem a sanção eclesiástica. Então, de maneira sucinta, podemos aprender que além de nós - os que conservamos firme a Confiança e a Glória da Esperança de Vida Eterna até o fim - sermos a casa do Mestre (vide Hebreus 3:6 / Tito 1:2); também aprendemos que não precisamos de nenhuma cerimônia de consagração e muito menos de alguma sanção eclesiástica para Cear com Cristo e muito menos com outros irmãos; pois quando um indivíduo está em comunhão com o Espírito da Verdade de fato há a verdadeira Liberdade (vide II Coríntios 3:17): a Liberdade de conhecer o Pai e tornar-se perfeito como Ele é (vide Mateus 5:48).

8. “Depois que Jesus estabeleceu assim a ceia da lembrança, Ele disse aos apóstolos: "E, sempre que fizerdes isso, fazei em lembrança de Mim. E quando vos lembrardes de Mim, primeiro olhai para a Minha Vida na carne, lembrai-vos de que Eu estive certa vez entre vós e, então, pela Fé, podeis saber que todos vós ireis algum dia cear comigo no Reino eterno do Pai. Essa é a nova Páscoa, que Eu deixo convosco; a da memória à Minha Vida de auto-outorga, a Palavra da Verdade eterna; e do Meu Amor por vós, da efusão do Meu Espírito da Verdade sobre toda a carne”.;

Mediante o trecho partilhado, é possível compreender que o Mestre estabeleceu como a Ceia da Lembrança deve ser exercida, a saber, de maneira Espiritual. E Ele torna a deixar claro que ao exercer essa Ceia, o indivíduo deve sempre recordar Dele, olhando (discernindo), primeiramente, a Vida Dele na carne; para que assim o sujeito nunca se esqueça que mesmo estando vestido com uma roupa humana, é possível viver e andar em Espírito durante toda a maneira de viver (vide Gálatas 5:24-25 / I Pedro 1:15-16), basta nascer de novo (vide Colossenses 3:1-4 / João 3:3-6). 

  Desse modo, através da Fé Viva o crente tem a possibilidade de Cear, em algum dia (luz; sabedoria) com o Mestre no Reino Eterno do Pai. E isso é a Nova Páscoa que o Cristo deixou conosco, a saber: a memória da Sua Vida de auto-outorga que é a Palavra da Verdade Eterna; o Amor Dele por nós, que é a efusão de Seu Espírito sobre toda a carne.

9. “E concluíram essa celebração da velha Páscoa, que, sem derramamento do sangue do sacrifício, estabelecia a inauguração da nova ceia da lembrança, cantando todos juntos o SALMO CENTO E DEZOITO.”;

Por fim, após ser concluído a celebração da velha Páscoa, sem o derramamento do sangue de qualquer sacrifício, foi estabelecido a inauguração - por meio do Ensino Espiritual do Mestre - a Nova Ceia da Lembrança. E para concluir essa sublime inauguração, todos juntos cantaram (argumentaram) o Salmo Cento e Dezoito, sendo esse Salmo uma dádiva para todos aqueles que já nasceram de novo.

Enfim, mediante tudo que foi explanado nesta postagem, claro está que o Mestre nunca mandou ninguém materializar o Significado de Suas parábolas e símbolos; antes gostaria que aqueles que de fato cressem Nele e Naquele que O Enviou vivessem no cotidiano o Significado de Seus Ensinamentos, pois “aquele que diz estar Nele, também deve andar como Ele andou” (I João 2:6). Contudo, após a ascensão do Mestre, até hoje há quem se oponha a Ele através de cultos, rituais e cerimonias solenes que nada tem a ver com a Verdadeira Religião estabelecida pelo Verdadeiro Deus. 

  Portanto, como o Mestre diz: “O Pai enviou-Me a este mundo, no entanto apenas poucos de vós escolheram receber-Me plenamente. Eu irei verter o Meu Espírito sobre toda a carne; mas nem todos os homens escolherão aceitar e receber esse Novo Instrutor como guia e conselheiro da alma. Todos que O receberem, entretanto, serão iluminados, purificados e confortados. E esse Espírito da Verdade tornar-se-á, neles, um poço de Água Viva, fazendo-os crescer para a Vida Eterna” (Urântia - Documento 181: Seção 1). Sendo assim: “Desperta tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo te esclarecerá” (Efésios 5:14).


Deus guie nossa mente sempre na Verdade 👉 Jesus Cristo.

OBS 1: A fim de agregar mais conhecimento quanto o conteúdo explanado nesta postagem, sugiro a leitura das postagens abaixo:














👉 Santa Ceia 


👉 O Evangelho 

👉 O Trabalho 

👉 A Estrada 





👉 A Mudança 



 OBS 2: Caso você tenha interesse, o seguinte link é o conteúdo desta postagem em formato PDF disponível para download e/ou impressão: INSTITUINDO A CEIA DA LEMBRANÇA.

 NOTA: Caso você queira repartir aprendizados ou falar a respeito do que leu, e não quiser fazer isso via comentários por algum motivo pessoal, mande uma mensagem no seguinte e-mail e, assim que possível, estarei respondendo enquanto estiver neste corpo: deencontrocomaverdadegenuina@yahoo.com